quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Paulo Freire

Bem, quero compartilhar umas citações aqui com vocês. Ontem eu estava estudando com duas colegas da universidade para a reposição da cadeira Comunicação e Educação. Lendo a primeira apostila, sobre a Educação Bancária, já quase dormindo, ainda que dinamizando cada uma lendo uns dois parágrafos, chegou uma hora, que não sabemos como, vieram uns pensamentos do autor, Paulo Freire, que achamos interessante. Uma hora lá vinha ele falando de conquista, de amor, de esperança, etc. Entre essas citações, destaque para uma parte meio tensa, se interpretada ao pé da letra. Achem, mulheres! UHAUAHU Engraçado foi Mikaely fazendo essa observação. "Eita, a pessoa postando isso no twitter/face... Dá o que falar." rs Vocês vão entender. Desfrutem das palavras dele:

"Daí que não possa ser manhoso o instrumento de que lance mão um sujeito para a conquista do outro. A conquista implícita no diálogo é a do mundo pelos sujeitos dialógicos, não a de um pelo outro."
[...] 
"Sendo fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo. Daí que seja essencialmente tarefa de sujeitos e que não possa verificar-se na relação de dominação. Nesta, o que há é patologia de amor: sadismo em quem domina; masoquismo nos dominados. Amor, não. Porque é um ato de coragem, nunca de medo, o amor é compromisso com os homens." 
[...] 
"Somente com a supressão da situação opressora é possível restaurar o amor que nela estava proibido." 
[...]
"A confiança implica o testemunho que um sujeito dá aos outros de suas reais e concretas intenções. Não pode existir, se a palavra, descaracterizada, não coincide com os atos. Dizer uma coisa e fazer outra, não levando a palavra à sério, não pode ser estímulo à confiança." 
[...] 
"Não é, porém, a esperança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero."

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sentidos


E nem te conto desse sorriso bobo que me apareceu no canto da boca; bochechas rosadas e quentes com o desejo extremo de me esconder - em seu ombro, em seu abraço; que me desfaço, encalço, me perco. Você, que ficou preso como nó na garganta, no titubear do meu coração que estava devidamente quieto e nos balanços bruscos de meu estômago. Não consegui contar quantas borboletas sobrevoaram dentro aqui e também ali - ao longe - quando percebi o seu sorriso, culpado e cúmplice do meu. Mas sei, que tantas elas foram resultado do seu olhar que foi justinho de encontro ao meu; de suas mãos suadas que acariciaram gentilmente as minhas e da bela surpresa de um beijo seu, que casou com cheiro teu e sentidos meus: o tato, olfato, visão e paladar. E ouvidos meus que respondem ao teu sussurrar, ao teu olhar, é a minha rendição.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Bem que eu queria

Numa conversa ao msn, xis diz:
eh horrivel
nao tem final feliz nao
nao tem como terminar numa boa
é impossivel
mas com o tempo as coisas vao melhorando
:)
e vc?? nao anda se metendo em confusões amorosas nao?? *-)
Digo:
Bem que eu queria. 
gostei de sua definição.
confusões amorosas.
dá até um poema. n
Rebate:
haushuahushuahsua
nao respondeu...
[...]


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Coração ferido


Embalada em minha cama, tarde da manhã, pesando meu ombro, sem conseguir puxar o ar para os meus pulmões. Eu sei. Talvez seja assim que nos sentimos ao tirarem o nosso chão. Vai-se embora a vontade de levantar, espreguiçando-se e cantarolando a caminho do banheiro, para lavar o rosto, lavar a alma e as cicatrizes que ainda estão ardidas, em carne viva, latejando a minha dor. Bom seria se existisse uma palavra mágica que curasse essa agonia. Fizesse esquecer, fizesse então lembrar, vez ou outra... Mas sem me furar o peito, sem me coçar a paciência, sem ferir a cada dia mais um pouquinho. Um pouquinho que parece sempre uma imensidão e o meu limite. A cada lembrança nossa, palavras escapulidas num momento de amor - ou engano do mesmo - não mais me faz gritar, apenas gemer por minhas forças que já estão se esvaindo, por minha força que eu a perdi. O que você fez quando te confessei o mais íntimo dos meus sentimentos que foram confirmados no meu sincero olhar? Olha bem para mim. Volte aqui. Me devolve o meu coração. Para de brincar com ele por aí, porque desse jeito você está me matando. Porque desse jeito não é certo. Ainda tenho o direito de buscar o meu sorriso de volta. Ainda que seja aquele que me tento me enganar, disfarçar, convencer a mim mesma. Mas mesmo assim, é meu sorriso. É a minha vida, é a minha dor que você não tem o direito de fazer crescer este buraco enorme ainda mais. Me deixa seguir sem ti, me deixa aceitar que você se foi. Recuperar a minha sanidade, esperança e amor - o meu amor próprio, ainda que meio egoísta. Preciso de asas. Porém não para fugir dessa tortura, e sim para libertar-me desse desespero. Quero alçar voo alto, longínquo e com fortes ventos a me abraçar, ir de encontro à palavras de paz, gestos de confiança e um lugar em que eu possa descansar meus ombros, apoiar a minha cabeça, proteger meu coração.

Postagem dedicada ao Mateus Efe Efe. <3 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ser doce


Me deixa roubar o teu juízo, fazer minha morada em tua alegria, em nossos abraços e carinhos, e muitos filmes em tarde fria juntinho contigo. Com algumas colheres de brigadeiro quente de panela a te entregar cada porção em sua boca, acompanhada de um ou dois beijinhos, mas os meus beijinhos. É, me deixa ser o teu doce, meu bem - o melhor deles. O de coco, a rapadura preta, quebra queixo ou gelatina de uva. Pode ser também a paçoca, nego bom, cocada de amendoim ou jujuba. Puxa puxa, a maria mole que eu não gosto, caramelo, torrone, morango no chocolate. O suspiro azul, algodão doce, mel com fuba, alcaçuz, ovo malte. Ou quem sabe, talvez, leite condensado com limão; E me deixar ser a única que mora e saltita o teu coração.

sábado, 17 de setembro de 2011

[...]



Conhece a brisa de Setembro? Só fui diferenciá-la quando notei sua presença que a acompanhava vindo até mim enquanto eu ouvia distraidamente qualquer música naquela manhã ensolarada. E música esta que você fez parar substituindo minha atenção em algo mais interessante, mais próximo e real que aquelas rimas platônicas - você. [...] O resultado? Você ficou de tomar conta do meu coração, tendo a escolha de mimá-lo, cuidá-lo ou simplesmente ignorar o fato. Enquanto a mim, por enquanto vou apenas tentando tomar conta de meu juízo, que você levou junto com o meu coração.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dispa-se e renove-se

A cada dia, renove-se. Reveja suas ideias, opiniões, certezas. Encontre novos olhares, possibilidades, escolhas e posicionamentos. Reaja. Não limite-se. Abandone a negatividade, sorria às críticas, renda-se a um elogio, afogue os pré-conceitos, enterre os arrependimentos. Entregue-se à curiosidade, desejo, esperança e, é claro, ao amor (Como esquecer dele?). Primeiro, jogue fora a mentira, inveja, sede de vingança, rancores. Livre-se do coração partido, da alma ferida e mágoas do passado. Acredite, deixe-se, observe, aceite, supere, busque, realize. E não se esqueça: Aprenda. Aprenda e viva. Tenha muitas experiências. Passe adiante o gesto, a intenção, o singelo, a gentileza, a gratidão, o olhar, a paciência, o sentimento. Dispa-se e renove-se. Para o hoje, o novo dia, a vida, o amor e, para si mesmo.

Para Jéssica Bruna. Feliz aniversário, minha loira linda. *-* 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Se quiser


Se quiser uma companhia, segure a minha mão.
Se quiser o carinho, abra os braços.
Se quiser cumplicidade, mergulhe nos meus olhos.
Se quiser o sorriso, provoque-o.
Se quiser o calor, me abrace.
Se quiser o consolo, deite-se em meu colo.
Se quiser a certeza, arrisque.
Se quiser a confiança, entregue-a.
Se quiser a canção, sussurre.
Se quiser a paz, treine sua paciência.
Se quiser a conquista, tenha coragem e confiança em si.
Se quiser a leveza de alma, doe-se.
Se quiser a valsa, acerte meu pé.
Se quiser o sonho, sonhe sempre mais.
Se quiser o silêncio, aprecie uma noite estrelada.
Se quiser o sabor, deguste-o sem pressa.
Se quiser a sinceridade, estou aqui.
E se quiser o amor, não ouse em dar-lhe as costas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Escolha viver



Não tenha medo de sujar os pés. Não se importe se o suor escorrer-lhe o corpo, a franja não estar como deveria ou porque a maquiagem borrou. Não tenha medo de encarar o que está tão imenso à sua frente. Seu olhar e personalidade somado à sua determinação vão transformar o obstáculo em pequeno e simples degrau a firmar o passo. Não tente esconder seu choro, é natural e saudável as lágrimas percorrerem o nosso rosto vez ou outra. Mas que não tome gosto de fazê-lo diariamente. Permita-se sorrir. Sem medo de ser exagerado demais, espontâneo demais, alto demais, brega demais e até deselegante. Porque é melhor passar e ser alegria que a perfeita imagem de uma pessoa que chupa limão do café da manhã ao jantar. Não aja tanto assim pelo impulso, mas também não pense demais - podemos nos perder em meio a tantas sinapses desnecessárias.Viva. Sem receio para conquistar seu espaço, mostrar sua essência e desenvolver sentimentos verdadeiros. Ah! Essa história de sentimentos... Qual o problema em aprender o significado de paciência, perseverança, cumplicidade e saber diferenciar o frio na barriga de montanha russa e a borboleta pesada no estômago quando vemos aquela pessoa e nos passa um turbilhão de coisas em nossa cabeça ao mesmo tempo? Por que não escolher não a vida, mas optar por viver? Por que não tentar, do que passar o resto dos meus dias imaginando como teria sido? Eu não quero cantar aquela bonita e melancólica música de que 'Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer...' Eu tenho a minha liberdade de escolha e ainda há tempo. Só não esqueça de que não adianta experimentar de tudo nessa vida, se você não saboreou o amor, a amizade e grandes paixões. Se a vida é uma explosão de sentimentos e viemos justamente por conta deles, por que não sentir? Não tenha medo do que te é natural, próprio e tão encantador. Quando você percebe essas coisas, não há como viver de arrependimentos, tristezas e amarguras. Porque teremos aprendido a enxergar o belo e indefinível por palavras da doçura do viver, da grandeza do amar e do conforto de compartilhar tudo isso com alguém - ou 'alguéns', como queira. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Congela a dor

Por que congelador,
não congelas minha dor?

Congelastes lembranças,
num recorte de nostalgia.
Congelastes aquele tempo,
onde primavera se fazia.

Congelastes minhas expectativas
de uma sonhadora menina.
Congelastes no arranjo triste
que agora me combina.

Congelastes o poema de amor,
numa gaveta esquecido.
Congelastes meu pobre coração,
sem eu ter te pedido.

Congelastes para bem longe,
O fio de esperança que não me restou.
Mas ainda não entendo Oh, céus!
Por que não congelas minha dor?

Bolos, tapiocas, fofocas e uma amizade


Como é bom poder te abraçar novamente
Olhar e sentir sem esforço tua esperança
Me encantar com tamanha fé
Me alegrar com tua presença de volta
Com minhas confissões e nossos segredos
Com seus ensinamentos e experiência de vida.
Fiz uma adoção certa
Ganhei e conquistei um espaço em ti
Agradeço por ainda poder compartilhar contigo
Muitos mais momentos
Muitas mais novidades, fofocas
Bolos e tapiocas
E conversas à sombra da árvore
Sua humildade admirável
E sinceridade absurda
Com sua acolhida maravilhosa
Com todo amor do mundo
Plano divino
Colo macio para mim
Quero seu melhor sorriso
Seu cheirinho agradável
E ar sereno de mulher sábia
Amor de vizinha,
Amor de mãe,
Amor de vó.
De uma neta postiça.
Vó que tomei de enxerida
Vó, nunca esquecida.

Te amo, lua linda do meu céu. <3

Ao Naro

Mas como entender que os dois 
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem?
[O teatro mágico] 

Como ousa mais uma vez não me contar?
Que direito mais egoísta o seu.
E agora, de última hora,
Como eu vou rimar?
Não adianta cantar parabéns
Desejar feliz aniversário
Quebrar uns ovos na sua cabeça só de raiva.
O que me resta fazer?
Dedicar um espaço aqui
Que já é seu
Apesar de sua ausência
Apesar de sua discrição
Eu amo sua essência
E te dou o meu perdão.
Obrigada pelos conselhos
Pelo ouvido e por ser
Minha fábrica particular de risos
Pelo carinho, preocupação
E singularidade do nosso laço
De uma diferente amizade.
O fato de não ser cara a cara
De nos programarmos quase nunca
De sempre dar errado
Da distância pela correria
E também sei, não minta
Pela sua personalidade.
Ainda tento entender
Como sobrevivemos a isso
Como você ainda vem até mim
Mesmo que demore
Mesmo que eu tenha que te puxar a orelha
Mas dessa vez,
vou apenas cobrar meu pedaço de bolo
E mais atenção, mais alegria
Mais essência de Naro.
O que tem lugar de fato especial
Em mim.

Aceite meus parabéns, pessoa que ainda se considera aniversariente, 56 minutos depois do seu aniversário. <3

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Perder-me


Eu quero perder o fôlego ao te encontrar, quando você me faz cócegas e quando nos beijamos. Eu quero perder a novela para te atender e ainda algumas muitas noites de sono. Eu quero me perder em teus braços, ganhar o teu afago e me render ao teu cheiro de chocolate quente em dia frio. Quero perder a hora quando  estou contigo, assistir filme encostada em seu ombro de mãos dadas e sorrindo feito boba, ao você me beijar a cabeça, me chamando de 'Meu Amor'. Quero perder minha inspiração, entregar-te em forma de canção, sentir o teu corpo, o teu calor. Quero me perder em pensamentos, ao lembrar-me do seu olhar, perder também minha concentração, para não mais despertar. Quero perder palavras macias, acolhedoras e de sopro perfumado para te fazer sorrir. Quero perder esta impaciência chamada saudade com você aqui. Perder minha razão, apaixonar meu coração, seguir em busca para perder-me ainda mais e tudo o que sou - para que eu possa encontrar-te, para que eu possa achar-me e perder-me pra sempre, em ti.

Porque o verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dar, mais se tem. 
[Antoine de Saint-Exupéry]

domingo, 4 de setembro de 2011

Pique-esconde


Por um tempo eu estava engasgada. Fruto de não mais poder te ter comigo. Não só fisicamente, para poder ver de perto passeando por outras galáxias ao observar quando você mexe com seus lábios, formando aquele sorriso - o mais belo para mim. Mas também por não ouvir mais sua voz nem sequer ao telefone, um torpedo, ou num instante de certeza que você pensou em mim nessa hora exata que penso em você. Em como nos damos bem um com o outro e como o teu amor só combina com o meu. Como a tua mão só se encaixa melhor na minha e como os meus olhos só gostam de se fixarem nos teus. Sabe, acho que muita gente não entende como é a sensação de ser compreendida e poder ser cúmplice apenas num olhar. Em como este pode dizer tanta coisa, ainda que se queira disfarçar olhando ao redor. Eu queria poder compartilhar tudo o que sinto através não só dos olhos, mas acabar descobrindo outras maneiras tão curiosas quanto de ter esse segredo em nós dois. Só que, não dá. Você não existe aqui comigo e por enquanto vai continuar assim: Você, ainda como um entalo aqui, que farinha nenhuma girando e dando três pulinhos possa tirar, fazer sumir, me deixar em paz desse sentimento. Mas enquanto tu não voltas para o meu bem estar, a minha alegria com direito a cara tola de pessoa apaixonada - e correspondida - eu vou por aqui, brincando de pique-esconde com meu coração, imaginando como seria ele preenchido por completo de você, de seu amor. Resumindo, continuando meus poemas e cartas que não te mando, que não recebo respostas. Embora eu muito deseje - em meio a essas fantasias - que você venha depressa e repentinamente para vendar meus olhos, e quando eu abri-los, comprovar que tudo não é só um sonho. E se é, é porque você está nele.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Em teus braços


E eu me envolvo não só no teu sorriso,
mas vou desfalecendo todas as angústias trazidas no peito
quando você me acolhe em seus braços
e lá posso sentir sua respiração e ouvir seus batimentos.
Não mais aquelas borboletas no estômago,
Agora só a paz, felicidade, querer bem.

E o silêncio.
O nosso silêncio.
O silencio que tem som.

Aquele som que me agrada os ouvidos
De embalar, que me desarma.
Meu lugar seguro, um ninho, cheiro familiar
Acompanhado de cafunés macios e lentos.
E é o único lugar pra onde eu queira fugir
Com algumas cheias colheres de carinho,
uma pitada de entendimento,
E gostinho de amor, do nosso amor.