sexta-feira, 22 de março de 2013

Do meu eu-lírico


Cansei de imaginar contos e sentimentos expressos em palavras por meio de um alguém que não as sente. Cansei de conseguir facilmente criar uma literatura que de maneira suave arranca alguns sorrisos e reflexões de quem os lê. Reflexões de um alguém que finjo ser, e que se esconde em alguma frase, entrelinha ou imagem a essência do que se é, do que realmente sou, do que na verdade desejo falar. Ou sentir. Deveras é bem melhor um recheio de sensações a vivenciar do que compartilhar mais um "Era uma vez, em uma terra distante"... Porque não quero o que era, mas o que está por vir. Não quero longe, pode ser aqui. Não desejo a facilidade instantânea que fada madrinha pudesse me oferecer. Não requisitei um príncipe encantado num cavalo branco e muito menos que o sapatinho de cristal caiba no meu pé 39. Eu só anseio que ande, galope, corra, mas que chegue... Chegue logo esse tal de "amor". Não os narrados nas histórias de ninar, nos filmes, nas peças, nas músicas românticas. Nem que seja digno de uma novela mexicana. Mas apenas o amor que faça intensamente meu eu-lírico inspirar-se por inteiro de mim mesma. Confessando cruamente minhas verdades - postas em prosa ou rima, do amor que me combina. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Mais de mim


Ao despertar do sonho que você invadiu - com charme, de leve, me leve - olhei para o lado e busquei o encontro se realizar. Que pena que apenas avistei meu guardar-roupa escancarado, um coração desajeitado,  que você deixou ficar. Procurei as cartas trocadas, não havia. As anotações no diário, como acharia? Fora levado tudo, tudo que te trazia para mais próximo de mim. Só não pensaram que em minha vida, você não poderia ter chegado ao fim. E apesar de ter acordado da metade do sono, confirmei que meu coração ainda tinha dono. Aquele que após um café, realidade me alcançou, a me lembrar que na verdade nem tão perto assim você chegou - de ficar mais perto. Mas de certo, que até o momento não mudou. Você levou aquela parte de mim a que se chama inteiro. Sem saber, sem notar, sem ao menos me deixar. Me deixar ver, me deixar ter e me deixar ser mais de mim em ti.

domingo, 10 de março de 2013

Da surpresa


Se me permites dizer, houve um sopapo, algo que me paralisou ao te ver e embaralhou meus pensamentos. Faltou fala, sobrou riso e não me importaria se tivesse tido mais de nós.

terça-feira, 5 de março de 2013

Desista!



Na verdade, desista. Não insista em apressar as coisas, em se doar de mais ou de menos. Não insista em seus medos e traumas, um ou muitos pés atrás. Não insista em cobrir o sol com a peneira, em amenizar o que você sabe que não tem jeito. Não insista em procurar formas de agradar a todos, agrade a si mesmo e o mundo agradece. Não insista em acreditar pelos motivos errados ou nas pessoas que não te dão motivo. Desista em querer fazer embalagem rápida para viagem de um coração que insiste tanto em amar. No caminho, balança. Pode-se escorregar, cair, se perder, espatifar. E você já fez isso antes. Não quer ter que limpar a sujeira de novo, sozinho.  Você está por sua conta nisso. Mas se quer um conselho,  apenas desista! Porque há horas que o melhor a se fazer é insistir em busca de coisas melhores e desistir das que não te fazem mais bem.