segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Minha sorte

Eu me considero alguém que não aproveitou muito a infância. Seja por falta de companhia para brincadeiras comuns como boneca e escolinha - pois geralmente minhas queridas amigas vizinhas não queriam brincar comigo - seja para pular corda. Uma gordinha consegue fazer todos os movimentos daquela música? Eu não me lembro se um dia eu consegui. "Senhoras e senhores ponham a mão no chão, pulem de um pé só, deem uma rodadinha [...]" E jogos educativos, ou de estratégia, ou apenas para distrair? Eu só me lembro de legoo, sei que brinquei muito pouco, era doida para ganhar um. Não sei que fim levou e eu até gostava... Será que algum primo meu teria roubado? Ou minha mãe dado a algum garoto pobre? Ah! Eu tive um quebra cabeças do Mickey. A felicidade de montá-lo sozinha pela primeira vez é impagável.
Mas hoje venho conhecendo alguns jogos que antes não tinha ouvido falar. Talvez apenas nos filmes ou propagandas na TV. UNO foi o primeiro que conheci. Tenso, não? Quem não sabia o que era UNO? É, eu não sabia. Clue? Imagem e ação? Banco imobiliário? Perfil? WAR? Para falar a verdade, até hoje ainda não joguei WAR. Mas pelo pouco de experiência que estou tendo ultimamente foi bem perceptível a minha falta de sorte com os meus queridos dados. Isso foi comprovado por mim ao jogar- pela segunda vez na vida e primeira com cartão de crédito - Banco Imobiliário. Foi triste, essa foi a palavra. Mas, quero aqui saber quem foi o dono da teoria "Azar no jogo, sorte no amor". Não acho esse cara um gênio. Não acredito nele. Por que as pessoas inventam tanto? Eu até queria que fosse verdade, mas não vejo esse amor. Qualquer tipo de amor serve? Se sim, tudo bem. Tenho o amor dos meus pais, dos meus amigos e de Deus. Mas e aquele outro amor? Não o primeiro amor - que nos apaixonamos tolamente por um primo que nos ignora - , mas aquele amor que trará a minha sorte e que fará esquecer-me de qualquer azar ou pensamento negativo.
Solidão, escuro, melancolia. Minha palavra de carinho, segurança, alegria. Se ele ainda não apareceu, ainda quero ter a esperança de que os dados apenas estejam adiantando as coisas, me mostrando que o tempo está próximo. É de estar, minha casa já está quase pronta. Deve ser o tempo que tenho para ganhá-lo pela barriga. De fato um bom caminho ainda... De qualquer forma, dados estúpidos! ¬¬

Simplicidade

E num dia nublado, quase qualquer, junto à minha mãe, meu avô e um freguês, pude observar várias borboletas amarelas por minha rua, pelo céu, frente e acima do prédio que minha casa fica por trás. Não muito grandes, talvez nem médias. Acho que pequeninas que estavam em fase de crescimento talvez. Só estou usando a minha imaginação. Porque não dava pra saber ao certo, eram muitas e queria olhar para todas. De fato eu tentava ver para onde elas voavam apressadamente - em bando. Migrando? Borboletas migram? É, realmente em Biologia eu deixo a desejar. Isso nem importa tanto. O fato foi o que eu senti ao vê-las. Um desejo de me movimentar, não apenas os olhos tentando acompanhá-las em suas manobras leves. Mas de segui-las. Não pude fazer isso. Seria bem estranho em plena cidade fazê-lo. Imaginei-me então em um campo florido. Com elas bem destacadas na relva. Num dia de sol com algumas nuvens, um ar fresco. E eu tentando pegar nem que fosse uma. Tocá-la, ver de perto o bater de suas asas, a simplicidade daquilo. O sentimento que essas borboletas deixaram em mim foi o contrário do que meu avô comentou, vendo a seu modo o porquê de tantas borboletas sobrevoarem por aqui. Estiagem com muitos lagartos. Não sei se entendi certo. Também não perguntei, preferi o silêncio e continuar a observá-las até irem sumindo, se perdendo na extensão do céu e dos fios elétricos. Mas o sentimento que ficou em mim foi de sorte. Não sorte por vê-las, se bem que gostei e se gostei não deixa de ter sido uma sorte. Mas eu quis particularmente que fosse sorte. E quando me lembrei da cor ouro, tive a certeza disso. Não me refiro aqui de riqueza material, mas de uma esperança, sorte e riqueza diferente, na alma, no meu espírito. Que se resumia em uma alegria que eu não sabia ao certo de onde vinha. Só sei que alegria é sempre bem vinda...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Congelado coração,

eu sei que um dia você não conhecia o amargo de lágrimas nascidas por um descaso, abandono, falta de carinho, compre- ensão, amor. Sei que nesse tempo seu aroma era suave e você era macio. Dava pra ver na doçura de suas palavras. Na perfeita combinação de você leve, puro, feliz e sem bagagens. Você tocava uma música parecida com aquelas tão lindas que quase nunca se escuta quando saímos à rua. Um coração criança, virgem, mas não vazio. Era cheio de tudo que poderia arrancar sorrisos de qualquer um. O que dizer mais? Você era uma raridade, mais valiosa do que qualquer pedra de mina. Na minha mente, graças a algumas gotas de uma memória mediana, sobrevivo ao meu congelado coração, pelas lembranças de como ele foi um dia. Quão engraçado é isso. Deus nos dá um coração para que possamos desenvolver o mais belo sentimento. E pessoas tratam de destruí-lo, querendo desmentir a primeira certeza que nos é plantada. "Quem nunca sofreu por amor?" Na verdade sofremos pelas circunstâncias e pelas pessoas, por nossa imperfeição, por sermos humanos sujeitos a errar, magoar, endurecer. O amor é somente algo capaz de colocar os band-aids necessários ao que fazemos, seja isso por querer ou não. Um descuido, sonolência, distância, stress diário. Mas o que acontece na maioria das vezes é que ao sofrermos pelas pessoas, nós deixamos nosso coração petrificar. Vamos nos isolando emocionalmente e perdemos a confiança no próximo, principalmente nas promessas vãs... Já diz o ditado popular que uma andorinha só não faz verão. Eu sozinha não posso recuperar meu coração intacto, mas sei que com uma ajudinha poderia compartilhar aos poucos, ao ir cicatrizando, cuidando também para que o seu fique tão saudável e vivo quanto o meu. Oras, o que apenas quero é encontrar o feitiço ou feiticeiro que faça o meu coração bater de novo, voltar a sua cor normal, descongelá-lo, fazê-lo bombear meu riso, minha felicidade, meu novo, clichê e claro, único amor. Sim, aquele amor dos meus sonhos. Então... Cadê?! tic tac, tic tac...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Paratempo

Paratempo ou passatempo? Muitas vezes na nossa vida nos encontramos em situações da qual temos que esperar. Seja esperar a vez na fila, esperar o ônibus, esperar a chuva passar ou, ainda - o que faço com frequência - esperar alguém que se atrasou. Em meio a tantas esperas possíveis que nos cercam diariamente, alguns tem um tique de bater a perna, roer as unhas, conversar com um desconhecido - quando se está só, jogar snake no celular, etc. Passatempo! Estes são, sem dúvida.
Mas do que falo não é quando queremos adiantar os ponteiros, e sim atrasá-lo, talvez até pará-lo por alguns instantes. O exemplo universal disso que tenho em mente, é quando estamos dormindo e nos acordam. Pois bem, é mais ou menos isso. Estamos em Janeiro - mas mesmo que não fosse - quando penso na dimensão real do tempo, começo a pensar em todo tempo que eu deixei se perder estando eu, alienada à alguma besteira que me impediu de conquistar algo maior e melhor do que ficar apenas em casa, dormindo no meu confortável colchão.
O que quero dizer é que, não importando as citações de poetas a respeito do significado do termo, o tempo é uma coisa sinistra. Se eu for de fato filosofar isso, estranharia se ele parasse. Pode até parar, retomando o que disse, quando dormimos. Só que esse tempo de descanso nossa incrível mente humana não desperdiça - aproveita através de sonhos. Aproveita de tal forma, que já se ouviu falar que em algumas poucas horas de sono, podemos ter tido vários sonhos. Se bem que há dois lados disso. Pois fixando ao real, lá vem aquele ditado de 'quem muito dorme não vê a vida passar'. Acho que estou me desviando do assunto.
É algo bem simples: Por que vivemos nossos dias deixando coisas para amanhã, dizendo que mudaremos determinada coisa que precisamos mudar em nós mesmos na próxima semana, mês ou ano? Quando nos beliscam, percebemos que mais um ano já passou. E daí vem aqueles comentários de praxe de como o tempo passa rápido. Eu particularmente os odeio. Esses comentários só são pronunciados porque as pessoas não souberam agarrar as oportunidades que surgiram para elas - passou "desapercebido".
Essa coisa de tempo depende unicamente de você mesmo. De mim mesma, enfim. E sinceramente espero que nesse ano, meu tempo não seja como uma bola de assopro inflada àquele gás - que esqueci o nome - que o faz subir. Segurando-o distraidamente entrançado de leve em dois dedos. Que quando olhamos pro lado e de novo para cima, levamos um susto ao perceber que ele se fora, já não o é mais como foi um segundo antes.

PS: Acho que para quem lê meu blog e tal, perceberam que estou demorando a postar. Então, justamente eu estou sem tempo. D: Sorry. Mas é verdade, mesmo. Parei. ;x

domingo, 2 de janeiro de 2011

Opa, 2011!

Retrospectiva? Talvez. Para o futuro? Realizações. Em 2010 tive a oportunidade de passar quase sete meses de "folga". É, de universidade. E dos outros meses que me restaram até o início de dezembro, vivi coisas novas em minha vida. Conheci pessoas, fiz amizades, e, finalmente fui para o acampamento da igreja.
Quando eu lembro-me que demorei tempo para entender o "2000inove" da propaganda daquele banco que não me lembro o nome, penso em como de fato em 2009, no segundo curso do ano, eu sai da rotina. E como é bom quando isso acontece. 2010 foi como um "2000inove" para mim. Assim como também quero que 2011 seja. Mudanças. Para melhor, claro. Avançar. Conquistar. Não perder boas oportunidades. Me entregar - às coisas de Deus.
Não esquecer de regar as minhas amizades cultivadas há bastante anos, e aquelas de poucos meses, ainda "mudas". Para criar raiz, dar sombra e fruto. Eu quero e tentarei fazer de meu novo ano, um ano marcado e inconfundível. Espero que certezas se confirmem, perguntas surjam, sorrisos eu consiga colher das pessoas em meio a correria do dia-a-dia. E já roubando a ideia de Júlia... Listarei algumas coisas aqui que quero fazer nesse ano:
- Arrumar meu quarto com maior frequência;
- Ler os livros que comprei e ainda não li - e os que não comprei mas quero ler;
- Não viajar para Lucena no Carnaval - isso é realmente sair da rotina, de uma rotina que, sem comentários;
- Estudar a tarde para não ficar estudando de véspera para as provas;
- Não mais roer unhas, MESMO;
- Imprimir as fotos que faltam para o meu mural;
- Responder as cartas das minhas amigas desse Brasil que nunca mais o fiz;
- Não ter preguiça para responder os scraps de Jayne;
- Conseguir chegar em casa depois das nove horas pelo menos no meu aniversário;
- Ir para os cultos de quinta feira com mais frequência;
- Fazer discipulado;
- Não atrasar as notas do contador do meu pai;
- Ter mais tempo de ver filmes;
- Viajar para um lugar que ainda não conheço;
- Arrumar um "bom" emprego;
- Comprar um secador para parar de pedir emprestado o da vizinha;
- Me dedicar ao inglês;
- Ouvir mais músicas internacionais para ajudar nisso;
- Um sonhozinho improvável: Meu pai me dar um cachorro;
- Comprar as lentes de contato para me livrar uns instantes dos óculos;
- Aprender a me maquiar (tenso);
- Ter inspiração para postar mais aqui;
- Tirar a minha carteira de habilitação;
- Cortar mais o cabelo e quem sabe pintar de algum jeito (sou alérgica a tintas);
- Minha unha encravada/inflamada 100% sarada;
- Meus pais extremamente calminhos comigo;
- Fazer um regime ou não;
- Tomar um solzinho na laje de casa (não tenho como ir à praia, como lidar?);
- Tomar com mais frequência milkshake de ovomaltine;
- Ler mais a bíblia;
- Encontrar mais uma sapatilha que dê no meu lindo pé;
- Fazer limpeza de pele;
- Falar menos (risos);
- E tchau. ;x