sábado, 23 de julho de 2011

Borboleta azul



Só pra você saber... Eu não me importaria em passar a noite te olhando nos olhos - e que olhos! - e vendo neles uma paz, sensação de prazer, de me jogar do trampolim da curiosidade e aprofundamento para te desvendar aos pouquinhos, para acertar o caminho que vai dar nas portas do seu coração. De fato eu não me preocuparia tanto se o sol se escondesse de mim, se eu tenho a luz que vem da combinação do seu sorriso com o azul de seus olhos. É algo sublime, mágico, encantador e desconcertante. Dá vontade de te prender, mas não literalmente. Só o bastante pra conseguir ganhar sua sinceridade e carinho verdadeiros. Eu não me importaria se a canção de minha vida trocasse de música, sendo nesta próxima, você... Uma outra nota, tom, acorde e sintonia. Ah se eu pudesse parar tudo enquanto sinto o seu toque, acrescentado de teu perfume e jeito de menino, apenas deixando ser levada pelo ritmo dos meus sentimentos. É que se eu pudesse, se eu pudesse eu seria uma pessoa demasiada egoísta por não querer te dividir. Quer dizer, dividir pra quê? É que te quero por inteiro simplesmente, pra me devolver esse sorriso que no meu coração escancara toda vez que consigo distinguir a sua voz, toda vez que você pousa em meus pensamentos...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reticências


Então eu te conheci. As costuras da vida bordaram outros caminhos para nós dois, onde só nos cruzávamos perante um ponto errado ou reforçado, ainda mesmo que poucas vezes, no seu devido lugar e tempo. Guardava em mim e só para mim um ninhado de fios de uma sensação que não me pertencia até então e um desejo que não fazia muito sentido ao meu ver. E quando eu calei meus sentimentos para minha consciência, você me diz que sentiu a mesma coisa, talvez até mais forte e persistente. Uma gargalhada para avaliar a situação. Inspira. Expira. O silêncio aparente e explosão em minha mente. Nossos sentimentos não contaram com um pequeno sopro de um acaso e já tinha passado, já tinha ido embora ou se escondido em mim ou em você, ou simultaneamente nós dois, a pitada de um quê ainda não definido por meus conhecimentos. Esse quê em outro momento que não acreditava existir veio como um estalar de dedos. E de repente pude ficar ao seu lado te vendo diferente, sendo diferente, agindo diferente. E tendo sido um pouco estranho, também teve um gosto diferente. Ainda hoje é. Duas pessoas diferentes, gostos que quase não se concordam. Doses de paciência completamente opostas. Somos extremos, somos pontos distantes... Mas dividindo um só sentimento. Ainda que eu ainda não saiba dizer o que de fato seria esse quê em palavras. Quem sabe consista em algo em que eu não precise falar mais nada? Ah! Reticências...

sábado, 2 de julho de 2011

Se for pra molhar


E se for pra molhar, que seja para banhar o outro com uma chuva de sorrisos.
Se for pra molhar, que seja para limpar e aliviar o coração através de lágrimas.
Se for pra molhar, que seja um mergulho de sentimentos compartilhados com quem eu amo.
Se for pra molhar, que seja para pingar gota em gota meus sonhos.
Se for pra molhar, que seja para escorrer todas as sensações e lembranças ruins.
Se for pra molhar, que seja letra da canção que me embala antes de dormir.
Se for pra molhar, que seja para encharcar na minha alma a fé.
Se for pra molhar, que seja escorrer algumas gotas de suor que surgem ao te ver.
Se for pra molhar, que seja para regar esse amor todos os dias para que possa florescer a minha felicidade.


Mas se não for pra molhar, que seja para ficarmos sob proteção de um cobertor, abraçados a nos aquecermos.
E olhando a chuva chover, e olhando a chuva molhar.
Molhar tudo aquilo que precisa ser lavado, restaurado, enriquecido e vivido - por nós.