terça-feira, 24 de junho de 2014

Devidamente aninhada


Quando eu penso em nós dois, me vem sempre a ideia de estar aninhada em ti. Quando digo estar em teus braços, é estar em casa. E me refiro ao lar que o nosso amor fez surgir. Sim, é um ambiente só nosso, movido a abraços e mordiscadas, consolo e felicidade. Estar contigo é mais que sentir aquele imenso prazer quando se chega em casa depois de uma longa viagem. Porque, em casa, desejamos às vezes sair. Conhecer e respirar outros ares, explorar o mundo, se relacionar com diferentes pessoas e culturas. Não! Não é assim conosco. A verdade é que a saudade que sinto e o único anseio existente no meu íntimo se baseia naquela ideia de te ter por perto todos os momentos. E caminhar ao teu lado por qualquer lugar, contanto que estejamos juntos. Porque viver contigo é estar em casa, e quando se está em casa, o que mais queremos é o conforto e amor presente dia-a-dia a cada acordar e beijo de boa noite. Contigo, acabo ganhando bem mais que isso e por inteira culpa tua. Aquela culpa de propósito mesmo, qualquer ação como consequência de algo tão simples: A reciprocidade que envolve duas almas que se amam rende qualquer coração a permanecer ali, aninhado pelo sorriso, afago, perfume e olhar. Encanta e convence de tal forma que não há outra saída se não a mais bela e óbvia confissão. "Beijo, doce beijo". E é bem por aqui que vou me aninhar - em teu beijo, em teu tempero, no nosso amor.