sábado, 22 de outubro de 2011

Sobre o que me transborda



Vim te falar de uma coisa que me transbordou ontem à noite - e hoje, e sempre. É algo que gosta de me roubar risos e também algumas lágrimas discretas e cheias de sentimento. Um sentimento que me faz revivê-lo, ao deitar em minha cama e me embalar com as canções que você cantava para mim. Aquela presença no pensar, em lembranças, no mexe-mexe de meu coração e ao constatar tristemente a sua ausência a dividir meu travesseiro, me aninhar em seus braços e buscando de maneira desesperada o seu cheiro. Por dentre lençóis, o casaco que você esqueceu aqui e foi lavado por engano, os meus livros. É, o cheiro dos meus livros me lembra você. Ainda que não se aproxime tanto do prazer e frescor que posso sentir ao aspirar toda a sua fragrância de carinhoso menino. O que venho falar, não encontro significados onde leio nem no que vejo. Mas, quando me arrepio, e você não está aqui para me abraçar. Quando tenho pesadelos e você não encosta suas mãos em meus ouvidos, me olha nos olhos e diz 'estou aqui'. Quando antes de você tocar a campainha, eu já abrir a porta por conhecer seus passos e seu perfume. O que me transborda e  quero confessar-te se chama saudade*, meu bem. Que busco cura, um jeito que dê jeito; e vida: a desejos meus que cruzem os teus e que seja felicidade nossa (de volta).

3 comentários:

Luna Sanchez disse...

Memória, que é o que alimenta a saudade, é bênção e castigo.

=\

Beijocas, flor.

Sergio disse...

Aquilo que vivemos de belo com a pessoa amada é o que realmente vale à pena ser lembrado. Tenha uma semana maravilhosa; bjs!

Débora disse...

Você realmente me deixou pensativa depois desse texto. Me bateu um aperto no peito e uma pessoa específica me veio a cabeça. uau.

rienpersonnel.com