segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ancorada


É como eu me sinto, fico, enlouqueço. Sem saída, energia desperdiçada, pouco oxigênio, nadando em círculos. Sozinha, submersa no meu mar. Onde eu deveria ter passe livre, já que é o meu mar. Não venceu o contrato. Não o perdi, nem encharcou. Apenas não li os termos com atenção. Erro meu. O que veio com isso? Sentimentos escondidos em conchas que ao pensar encontrar pérolas, dei de cara com alguns nomes estranhos. E falta de outros. Meu direito, meu limite, minha passagem aos meus sonhos - que não os encontrei. Totalmente perdida, embora em tão pouco espaço. Perdida e ancorada num lugar que quanto mais observo, mais percebo quão é fundo, longínquo e confundido com o infinito. Bem no ponto onde me falta o alimento: Um gole - bastaria só um gole - imenso e sem pressa, onde eu pudesse sentir agora um gosto desconhecido e insaciável de liberdade. Palavra que me encantou, que me encontrei, que parti. Em busca de uma fisgada num anzol, ainda que doa, que possa sangrar, que eu não seja mais que uma mera isca. Mas que me leve de volta à superfície.

3 comentários:

Sheyla Mayra disse...

pelo menos ancorada vc vai ter sempre algo que te segure se vc for afundar ^^

Jaqueline Oliveira disse...

OK. O lado positivo é que não posso afundar mais do que já estou, hein. Ou seja, pior do que tá não fica. UAHUAHU Tiririca, oi? rs

Luna Sanchez disse...

Já senti coisa parecida, como se o lugar que estava estivesse pequeno pra mim...

=\

Beijocas.