quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Maravilhoso clichê


É clichê porque existe uma razão para isso. É clichê porque é a mais pura verdade. Não há nada como um amor correspondido. Sim, amar e ser também amado. Mas não falo sobre corresponder um amor, simplesmente. Falo de como este pode - e no meu caso, é - além de nossas expectativas passadas quando se pensava no assunto. Ele não apenas corresponde meu amor, ele o demonstra involuntariamente a cada dia. Esse é o diferencial. Não é forçado, não é porque tem que ser feito dessa forma ou de outra para agradar, para se desculpar, para fazer o outro se sentir mais especial. Está nas ações que ele nem percebe que está transbordando amor. Está na maturidade do relacionamento para lidar com várias dificuldades, inclusive no simples ato de ceder, de se render e admitir. Admitir não só as falhas próprias ou os erros cometidos. Pois, no fim, o que se vê é a admissão, sim, do amor. Quando este acalenta, acalma, anima, persiste, se mantém. Mantém-se e se mostra presente, forte, persistente - ou quem sabe teimoso - mesmo quando se tem dúvida de sua paciência ou de seu limite com nossas fraquezas, abusos e crises individuais. Esse comprometimento de que vos falo é e não é voluntário. O é porque não há como obrigar o outro a amar. E não é porque, depois que foi cultivado o amor - isso, o verdadeiro e genuíno - quem é que vai dizer ao coração que esqueça, desista, é complicado, não dá certo? Não vai adiantar. O que adianta mesmo é a entrega, de ambos, ao confessar de fato o que já - ou há tempos - explode nos dois. Porque, quando se faz isso, se vive naquele maravilhoso clichê anteriormente mencionado, que não há quem o desminta, pois não há realmente nada como a reciprocidade de um amor. Não há felicidade e remédio para vida maior ou melhor que um amor correspondido - em todo e qualquer nível deste. Se você o tem, agradeça e mantenha-o por perto. Ainda que, como acontece comigo, alguns poucos quilômetros longe. Mas não é algo a se preocupar. Agora faltam apenas dois meses para que eu possa me enterrar novamente em seus braços e abraços. E esse é o motivo de minha reflexão, do meu sorriso bobo e um tanto bem reforçado de saudade. 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Devidamente aninhada


Quando eu penso em nós dois, me vem sempre a ideia de estar aninhada em ti. Quando digo estar em teus braços, é estar em casa. E me refiro ao lar que o nosso amor fez surgir. Sim, é um ambiente só nosso, movido a abraços e mordiscadas, consolo e felicidade. Estar contigo é mais que sentir aquele imenso prazer quando se chega em casa depois de uma longa viagem. Porque, em casa, desejamos às vezes sair. Conhecer e respirar outros ares, explorar o mundo, se relacionar com diferentes pessoas e culturas. Não! Não é assim conosco. A verdade é que a saudade que sinto e o único anseio existente no meu íntimo se baseia naquela ideia de te ter por perto todos os momentos. E caminhar ao teu lado por qualquer lugar, contanto que estejamos juntos. Porque viver contigo é estar em casa, e quando se está em casa, o que mais queremos é o conforto e amor presente dia-a-dia a cada acordar e beijo de boa noite. Contigo, acabo ganhando bem mais que isso e por inteira culpa tua. Aquela culpa de propósito mesmo, qualquer ação como consequência de algo tão simples: A reciprocidade que envolve duas almas que se amam rende qualquer coração a permanecer ali, aninhado pelo sorriso, afago, perfume e olhar. Encanta e convence de tal forma que não há outra saída se não a mais bela e óbvia confissão. "Beijo, doce beijo". E é bem por aqui que vou me aninhar - em teu beijo, em teu tempero, no nosso amor.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Sobre caminhar perto e um tanto de saudade



Que importava a distância? Quatro mil ou um milhão de quilômetros são quase a mesma coisa. Para quem ama, acentua-se a saudade ainda que estejam sob o mesmo teto, mas em quartos separados. Oh, sim! Despedir um do outro a primeira vez foi complicado. Quanta melosidade, diriam ao saberem que a despedida consistia em ficar distantes apenas alguns passos, visto que o quarto ficava bem ao lado. Mas quando se ama, realmente se quer estar perto. E o perto aqui ganha outro significado. Perto. Perto é quando eu sinto sua respiração na minha nuca e ainda que antes eu imaginasse que não gostaria da sensação, vejo que minhas concepções desde o teu primeiro toque em mim embaralharam todas. Quando se ama parece que é aquele instante de nossa vida em que mordemos a língua. E não uma do outro em um acidente de um beijo incontrolável. Digo, quantas vezes disse eu que não passaria noites em claro jogando conversa fora com um namorado quando eu tivesse um? Ops! Antes mesmo de te nomear nesse cargo, estávamos nós tão encantados um com o outro que dormir era tedioso, era como que um roubo de vida. Um roubo de um tempo dedicado a quem se ama ou, nesse caso, a quem está começando a se entregar. E quão bom que é estar nessa entrega. Nessa confissão. Eu confesso que não é algo ruim morder a língua, desde que ao fazê-lo, seja (e é) algo feliz porque você é o motivo disso. É o motivo que me dá prazer em sentir teus beijos molhados no pescoço. Quando digo molhado não me refiro apenas a beijos. Sim, não queria usar o termo, mas eu me rendo. Lambidas! Que coisa boa, hein. Como é bom ter quem se ama e quem te ama tão perto ao ponto de sentir o hálito, o toque, o calor do corpo, o olhar carinhoso e envolvente - assim tão perto. Perto é quando te tenho de mãos dadas comigo a qualquer lugar que eu for. Aliás, agora não é onde eu quero ir. No momento, é onde queremos e vamos - juntos. E eu sei de uma coisa, meu amor. Definições de perto como algo físico existem enumerados nos dicionários. Eu bem o sei. Mas perto como poesia que me fazes inspirar, poucos o sentem. E se sinto, é porque o amor que floresce quando me lembro de nosso caminhar juntos reflete em mim um aroma de futuro bonito e tão desejado que ainda que eu imagine, sei que te ter comigo superará todas as minhas expectativas. 



Hoje faz um mês que fomos ao Centro Budista. Ou seja, um mês que me fizestes uma surpresa. E ela foi tão linda, tão boa. Como foi bom estar contigo naquele lugar. Quero voltar contigo um dia. Mas, enquanto isso... Enquanto contamos os dias para nosso reencontro, vou me contentar olhando cada foto que tiramos, tanto lá como nos outros lugares em que estivemos. Vou lembrar, relembrar e reviver de olhos fechados como foi incrível estar contigo e como eu te amo e quero continuar meus dias ao teu lado.