quarta-feira, 25 de maio de 2011
Gaiola invisível
Numa escada, sangue escorrido da cabeça
Asas fechadas e o silêncio
Explosão de dor e rapidamente seu cessar
Assim como o chupa-lima não mais cantará
Tampouco beberá da água com açúcar
Apenas lodo, formigas e o relento.
Foi embora a vida
Foi embora a liberdade
O respirar, e o acelerar do voo
Tão pequeno e quase insignificante
É jogado de qualquer jeito no lixo
Batendo mais uma vez a sua cabeça
Fazendo seu último som
Não teve tempo, não escapou
Pobre passarinho, eu também sou.
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